A rede MicroSudAqua (µSudAqua) reúne investigadores e estudantes que trabalham com ecologia aquática microbiana da América Latina. Com a formação desta rede buscamos juntar esforços, potencializar o trabalho coletivo e consolidar um espaço colaborativo para o impulso da área na região.
Nossa premissa é explorar os insumos que dispomos para explorar plenamente os problemas que excedem nossa capacidade individual de desenvolvimento. Aspiramos fomentar a inclusão em todas as dimensões e gerar uma convivência onde prevaleça o respeito e o espírito de colaboração, desenvolver um sentimento de pertencimento, compromisso e orgulho pelo trabalho coletivo.
Quais são os principais objetivos da Rede?
Quem faz parte da Rede?
Investigadores e estudantes com interesse explícito em participar ativamente, com iniciativa para levar adiante atividades dentra da mesma, compromisso, colegialidade acadêmica (respeito intelectual, solidariedade, espirito colaborativo) e reciprocidade.
Que valor nos oferece a Rede?
A Rede oferece valor agregado a nosso trabalho à partir da construção coletiva no que se refere a:
Formação: permite expandir nosso repertório técnico e conceitual. Responder a necesidades comuns de formação avançada (ex.: Bioinformática, Bioestatística, Ecologia teórica, Ecologia de paisagem, GIS, Sensoriamento remoto) mediante a interação, organização de cursos e reuniões temáticas.
Comunidade: nos torna parte de um grupo inclusivo em termos de gênero, temáticas e geografia que convive em um ambiente solidário e nos permite:
Financiamento: nosso objetivo é fazer parte da Rede para adicionar credibilidade e robustez às demandas locais por financiamento. Também permite explorar programas de financiamento coletivo de grande escala aos quais os grupos individualmente não poderiam aspirar.
Com o que contamos ao formar a Rede?
Quais são algumas das ações propostas pela Rede?
Como funciona a Rede?
A Rede possui uma estrutura não hirerarquica, com iniciativas que surgem de seus membros (“bottom-up”) e que respeitam o interesse do grupo. um grupo de investigadores orienta e conduz as atividades.
Com uma frequência bianual são realizadas reuniões presenciais com sede rotativa. Nestes são apresentados os trabalhos realizados até o momento e tomadas as decisões acerca das atividades a serem realizadas no período entre os mesmos.
Como integrar-se à Rede?
A Rede é um espaço aberto a todos os investigadores interessados que compartilhem suas premissas de trabalho. Para se juntar a nós, por favor contacte microsudaqua2017@gmail.com.
Resumo
Observatórios microbianos são ferramentas poderosas e vem sendo criados ao redor do mundo para facilitar que cientistas tenham acesso a informações temporais sistematizadas a respeito de comunidades microbianas. Apesar disso, poucos observatórios de longa duração podem ser encontrados na América Latina, principalmente pela dificuldade em manter a infraestrutura necessária a este tipo de atividade. Assim, nosso objetivo é criar observatórios para (I) avaliar como os impactos antrópicos e fatores climáticos em um gradiente latitudinal afetam as dinâmicas de comunidades microbianas em um nível continental; (II) criar métodos de coleta estandardizados para que os dados coletados em diferentes sítios sejam comparáveis; (III) criar uma plataforma web que permita mostrar as variações temporais das dinâmicas microbianas de uma forma não científica (mapas interativos, produtos simples e específicos), voltado para a população em geral, educação e organizações sociais. Os observatórios microbianos devem ser amostrados pelo menos bimensalmente, durante a segunda metade dos meses ímpares, pela manhã, na camada superficial da coluna d’água (zona fótica) e utilizando parâmetros fáceis de mensurar para facilitar a obtenção de uma série de longa duração. Até o momento, foram estabelecidos trinta observatórios distribuídos sobre a américa latina. Nós procuramos por sítios de fácil acesso e com compromisso de longo prazo visando garantir a continuidade do observatório. Estes sítios serão reavaliados com base nas facilidades/dificuldades encontradas até chegar a uma fase de consolidação.
Resumo
As bactérias desempenham um importante papel na absorção de nutrientes e remineralização, e funcionam como fonte de nutrientes para outros níveis tróficos. A força de homeostase estequeométrica para C, N e P difere entre os principais grupos filogenéticos, que também alterar sua estequeometria em função das condições ambientais (por exemplo , limitação de nutrientes). Estas particularidades podem afetar em grande medida as estimativas do balanço de carbono local e global. porém, a biomassa bacteriana nos sistemas aquáticos são comumente estimadas utilizando fatores de conversão fixos de densidade bacteriana ou biomassa de carbono. Como consequência, como estes fatores não levam em conta a grande heterogeneidade ambiental, os balanços de massa podem estar muito enviesados. levando em conta que a composição elemental da biomassa bacteriana é pouco investigada nas comunidades naturais, durante a primeira reunião μSudaqua, propusemos o o grupo “Composição química da biomassa bacteriana nos sistemas aquáticos da América do Sul”, com o intuito de responder as seguintes perguntas: (I) Como funciona a composição de carbono em bactérias, a biomassa varia nos ecossistemas aquáticos da América do Sul? (II) De que maneira os parâmetros ambientais (por exemplo, estado trófico, gradientes latitudinais) afetariam a composição de C, N e P, e a estequimetria da biomassa bacteriana nas comunidades aquáticas da América do Sul? Como resultados, elaboramos um protocolo estardadizado e detalhado para ser implementado em vários ecossistemas em todo o continente nos próximos meses e uma tabela para ser preenchida pelas investigações em colaboração. Cada colaborador deste projeto contribuirá com amostras de pelo menos 4 sistemas e um sistemas com enfoque estacional com pelo menos 4 amostras temporais. Para a próxima reunião, planejamos escrever um documento metodológico que visam revelar equações baseadas em parâmetros ambientais para alcançar fatores de conversão mais adequados ao carbono na biomassa para cada sistema.
(baseados em traços suaves e fáceis de medir)
Resumo
Traços são características mensuráveis ou quantificáveis dos organismos que se relacionam direta ou indiretamente com algum componente de sua capacidade biológica, e variam com gradientes ambientais. A ideia por trás do uso de traços funcionais é que as comunidades se estruturam com base nas características de seus organismos e não pela identidade de espécies. Estes traços podem ser do tipo morfológico, fisiológico, comportamental ou relacionados ao ciclo de vida, e organizam-se ao redor de funções ecológicas como a reprodução, aquisição de recursos e evitar predação. Neste sentido, os traços são funcionais quando permitem predizer ou explicar processos, estratégias e respostas a condições variadas. Nosso objetivo é estudar o uso de traços funcionais em todo o espectro de comunidades microbianas (vírus, picoplâncton, fitoplâncton > 5um, nanoflagelados heterótrofos, microzooplâncton) que sejam ecologicamente relevantes. Para isto: i) analisaremos o uso desta aproximação na literatura; ii) identificaremos traços transversais a todos os grupos e traços específicos de cada um dos microrganismos; iii) e indagaremos sobre os tipos de perguntas que podem ser respondidas mediante a aproximação por traços.
Resumo
Nós propomos uma colaboração entre pesquisadores sul-americanos em ecologia microbiana para promover a geração e compilação de uma larga base de dados microbiana de ecossistemas aquáticos englobando a América do Sul. Nós vamos tentar elucidar padrões de larga escala da vida microbiana sul-americana, organismos-chave para todos os ciclos biogeoquímicos, e reconstruir a biogeografia bacteriana da região. Nós vamos compilar, analisar e consolidar a maior base de dados geo-referenciada a englobar a diversidade microbiana de água doce: a base de dados µSudAqua, que cobre a maioria dos biomas sul-americanos. A base de dados curada vai permitir testar hipóteses de uma perspectiva de metacomunidades, como biogeografia microbiana, processos significativos à ecologia de comunidades, identificação de espécies-chave e redes de interação.
Investigadores em estágio inicial (IEI)
Summary
Você pode encontrar a lista atualizada de participantes neste link
Data: 04 a 08 de dezembro de 2017
Local: Rocha, Uruguai
Descrição
Data: 11 a 14 de dezembro de 2019
Local: Chascomús, Argentina
Descrição
Data: 21 a 22 de outubro de 2021
Descrição
Data: 11 a 15 de Outubro de 2022
Local: Brasil
Descrição
Data prevista: Dezembro de 2024
Local: Argentina
2022
2023
A biogeografia de comunidades bacterianas é um tópico-chave na Ecologia Microbiana. Em relação à águas continentais, muitos estudos foram realizados no hemisfério norte, deixando uma lacuna nos padrões de diversidade microbiana em uma escala global. A América do Sul abriga cerca de um terço de toda a água doce do mundo, mas é uma das regiões menos estudadas. Para preenxer esta lacuna, nós compilamos dados de sequenciamento amplicom do gene 16S rRNA de comunidades microbianas abarcando os ecossistemas de águas continentais sulamericanos, e apresentamos a primeira base de dados µSudAqua[db]. Esta base de dados contém mais de 872 amostras georreferenciadas de 9 diferentes ecoregiões contendo informações ambientais para cada uma delas. Para sua integração e validação, nós construímos uma base de dados curada (µSudAqua[db.sp]) de amostras sequenciadas na plataforma Illumina MiSeq e os mesmos primers universais para procariotos. Isto compõe cerca de 60% de todas as amostras georreferenciadas contidas na µSudAqua[db]. Esta compilação foi realizada na escopo da rede colaborativa µSudAqua e representa uma das mais completas bases de dados de comunidade microbianas de águas continentais da América do Sul. Veja a documentação para mais detalhes, ou acesse a base de dados.